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O Grupo

Histórico

O Grupo Teatral  Moitará, desde 1988, desenvolve uma pesquisa continuada sobre o trabalho do ator, buscando compreender os princípios que fundamentam sua arte, tendo nos estudos dos aspectos e funções da Máscara Teatral a base para a elaboração de uma metodologia própria.  Ao longo desses anos, vem realizando projetos artísticos, didáticos e socioculturais por meio de oficinas, espetáculos e palestras-espetáculos por todo o Brasil e participando de festivais nacionais e internacionais.

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No início da década de 90, o Moitará aproximou-se do Centro Maschere e Strutture Gestuali – fundado por Donato Sartori a fim de aproximar-se do trabalho da Mascara Teatral. Por dois anos,   em 1992 e 1995, participou das VI e VIII Edizione del Seminário Laboratorio Internazionale Arte della Maschera – Itália. Após este processo, junto a Roberto Ribeiro (1995), coordenou a vinda do Centro Maschere ao Brasil, com uma exposição de máscaras de Amleto e Donato Sartori, italianos que marcaram a História do Teatro Europeu confeccionando máscaras para Dario Fo, Giorgio Strehler, Bertold Brecht, Jean Louis Barrault, Jacques Lecoq, Marcelo Moretti, Ferrucio Soleri, Mario Gonzales, Eduardo de Filippo entre outros. Além da exposição, foi organizado um seminário sobre a máscara em diversas culturas, uma oficina sobre a elaboração da Máscara Teatral e um mascaramento urbano -instalação realizada na Praça da Cinelândia (Rio de Janeiro/RJ).

Nessas duas décadas de atividade, através de uma prática sistemática, o Grupo aprofundou seu conhecimento etnológico, técnico e cênico da Máscara, no intuito de contribuir para a reflexão do trabalho do ator e da linguagem da Máscara no teatro contemporâneo.

Em parceria com o Grupo Fora do Sério e Donato Sartori, o Moitará realizou a pesquisa teatral e texto do documentário Breve História da Máscara e Método Sartori e Viagem ao mundo da Máscara no ano de 1997.

No ano seguinte, realizou o evento Máscara EMcena no Teatro Villa Lobos (Rio de Janeiro) que consistiu em intercâmbio de linguagens com Grupos LUME, Diadokai e Grupo Fora do Sério, exposição de máscaras do Grupo Moitará e a estréia do espetáculo Máscara EMcena.

Em 1999, além da continuidade das ações do Grupo em festivais nacionais e internacionais, o Grupo estreou Rifinfim no Medelim, no Teatro do Museu da República (Rio de Janeiro/RJ).

Em 2002, juntamente com Alessandra Vannucci, o Moitará produziu a oficina Quel Buffone di Arlecchino, ministrada por Enrico Bonavera na UniRIO – Universidade do Rio de Janeiro.

Em 2003, estreou Imagens da Quimera, espetáculo que contou com o patrocínio da ELETROBRÁS e apoio do Ministério da Cultura. O espetáculo colocou o Grupo em teatros importantes do Rio de Janeiro e São Paulo e inseriu-se, mais uma vez, em ações sócio-culturais que o Moitará faz. Imagens da Quimera foi visto por aproximadamente 30.000 espectadores no período em que realizou temporada nos diversos estados brasileiros, arrecadou mais de uma tonelada de alimentos, em prol do FOME ZERO e apresentações para a Ação da Cidadania, favorecendo cerca de 12 entidades  de assistência social; e realizou oficinas para estudantes de teatro oriundos de comunidades carentes.

Indicado ao PRÊMIO SHELL de Teatro, na categoria “música”, o espetáculo, que teve grande repercussão na mídia impressa, televisiva e radiofônica, foi apresentado em diversos teatros do Brasil e participou do projeto PALCO GIRATÓRIO, a convite do SESC, circulando por nove estados, além do prêmio CARAVANA FUNARTE de Circulação Regional Sudeste e Sul.

Em 2005, o Grupo segue na promoção de intercâmbios e participa da Mostra SESC de Artes Mediterrâneo com Intervenção Teatral – o jogo das máscaras, apresentando-se em diversas cidades de São Paulo. Através do Laboratório do Ator (FUNARTE), o Grupo ministrou oficinas em vários estados do Brasil. Neste mesmo ano, o Grupo foi agraciado com o Prêmio FUNARTE Petrobrás de Fomento ao Teatro para a montagem do espetáculo Quiprocó.

Em 2006, o Grupo participou do IV FEVERESTIVAL, em Campinas/SP e do projeto VIAGEM TEATRAL do SESI, com o espetáculo Imagens da Quimera e, em Outubro, estreou Quiprocó, em sua sede.

Em 2007, o Grupo excursionou com “Quiprocó”, palestra-espetáculo “A Máscara na Energia do Ator” e com a oficina “Treinamento do Ator com a Linguagem da Máscara Teatral”, na II Semana de Teatro do Maranhão, em São Luís/MA, XX Inverno Cultural de São João del Rei/MG, Festival de Teatro de Ouro Branco e 39º Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

No segundo semestre daquele ano, o Moitará recebe patrocínio da CAIXA Cultural e excursionou com o espetáculo Quiprocó, com a oficina Treinamento do Ator com a Linguagem da Máscara Teatral e palestra-espetáculo pelas unidades de Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba – de outubro a novembro. Além disso, o Grupo apresentou-se na edição 2007 do Festival UNIPAR de Teatro em Umuarama/PR e participou do projeto Ciranda de Espetáculos, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Ainda em 2007, o Grupo Teatral Moitará é agraciado com o Prêmio Myriam Muniz de fomento ao Teatro. Também inicia seu trabalho de capacitação de atores surdos através do Ponto de Cultura “Palavras Visíveis”.

O Prêmio Myriam Muniz de fomento ao Teatro possibilitou aprofundar, continuar e democratizar as pesquisas que o Grupo desenvolve com a máscara teatral. O projeto Sentidos da Máscara Teatral – uma metodologia para a dramaturgia do ator previu a realização de oficinas, palestras-espetáculos, seminários, além da criação de um núcleo de pesquisa com profissionais de teatro e pesquisadores.

O projeto Palavras Visíveis: capacitação técnica para atores surdos com a linguagem da máscara teatral, Ponto de Cultura iniciou suas atividades em abril de 2008 e continua em vigência até hoje. Projeto inédito, que vem capacitando atores surdos através da metodologia do Moitará com a linguagem com a máscara teatral, tem como objetivo o aprofundamento, não apenas técnico e artístico destes alunos, mas, ainda, em sua formação como multiplicadores do processo junto à comunidade surda.

Em 2010, com o patrocínio da Eletrobrás, estreia o espetáculo “Acorda zé! A cumadre tá de pé” no ccbb/rj, seguido de uma temporada em São Paulo no Teatro Cacilda Becker. Simultaneamente, realiza o seminário “MÁSCARA: RITO E FESTA – Expansão e enraizamento da ritualidade lúdico-religiosa medieval no mundo”, no CCBB-RJ, com os mestres Donato Sartori e Paola Piizzi e a circulação do espetáculo “Quiprocó” em 13 cidades do interior de SP e do SESC/RJ.

Em 2011, participa do PALCO GIRATÓRIO com os espetáculos: “Quiprocó” e “Acorda, Zé! A comadre tá de pé!” e com atividades pedagógicas por 43 (quarenta e três) cidades do Brasil.

Em 2013, realiza um intercâmbio com o ator e diretor Italiano Enrico Bonavera, promovendo oficina ao público externo e sua demonstração de trabalho “Segredos de Arlequim”. Promove o lançamento do Livro “A Arte Mágica de Amleto e Donato Sartori” com a presença de Donato Sartori e Paola Pizzi (Centro Maschere) Inaugura o Espaço Moitará, novo espaço de propriedade do grupo voltado para a realização de cursos, eventos, treinamentos e apresentações. Realiza o projeto “Palavras Visíveis em rede” (capacitação técnica de atores surdos com a linguagem da máscara teatral), que culminou com as apresentações “A Busca de Seo Peto e Seo Antônio” e “Sensações Visíveis”.

Em 2014, Realiza intercâmbio com o ator e diretor italiano Ivan Tanteri(Teatro Immagini). É contemplado com o projeto “Grupo Moitará, 26 anos de contribuição à cena Carioca”, patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura através do II Programa de Fomento à Cultura Carioca. Com o “Palavras Visíveis”, passou a integrar a rede carioca dos Pontos de Cultura da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro, com o projeto atual que estará vigente até 2016.

Com efetiva participação na cena teatral brasileira, quer por seus espetáculos, quer por sua atuação pedagógica, o Grupo Moitará prossegue em suas pesquisas iniciadas em 1988, democratizando os conhecimentos sobre a Linguagem da Máscara Teatral contribuindo, sobremaneira, com o desenvolvimento cultural do país.