Agenda

Não há eventos agendados

A Comunidade Surda

Lei 10.436

Para entendermos a comunidade surda é necessário falarmos sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e sua importância na comunicação com os usuários da língua, ou seja, os surdos.

A Língua de Sinais é a língua natural dos surdos, no Brasil foi denominada Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Cada país possui a sua língua de sinais, assim como a língua oral, o Português, Francês, Inglês etc.

Para que aquisição natural de uma língua ocorra é preciso que haja interação com pessoas fluentes na língua, seja língua oral ou de sinais. Durante muitos anos, pensava-se que para a integração dos surdos na sociedade majoritária, a única forma viável seria realizada por meio da fala e o uso da língua de sinais, considerada um fator de atraso ao desenvolvimento do sujeito.

Assim, a comunidade surda, em todos os países, sofreu perseguições e discriminações ao utilizar sua língua. Impedidos de serem educados na língua de sinais, muitos surdos não conquistaram a língua oral permanecendo sem nenhuma língua de comunicação e sem escolaridade.

No Brasil, após anos de luta, finalmente a Lei 10.436 de 24 de Abril de 2002, Lei da LIBRAS, foi sancionada e o Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 2005 que regulamenta a Lei da LIBRAS. Essa Lei passará para a história como um marco positivo na luta pelos direitos de cidadania dos surdos brasileiros.

A comunidade surda está organizada sob diferentes formas, como associações, cooperativas, escolas e clubes. Um dos principais fatores de reunião das pessoas surdas é a língua de sinais através da qual encontram oportunidades para compartilhar experiências, além de representar espaço de reafirmação da luta pelo direito ao uso da língua.

A comunidade surda atua a partir de estratégias que buscam romper estereótipos que ameacem a sua acessibilidade a uma gama de direitos adquiridos, principalmente, a uma educação de qualidade.

Influência decisiva teve a World Federation of the Deaf – WFD nas recomendações da UNESCO, em 1984 no reconhecimento formal da Língua de Sinais como língua natural das pessoas surdas, garantindo o acesso de crianças surdas a ela mais precocemente possível.

Regua---Rede-Carioca-de-Pontos-de-Cultura-2015